O risco agora de Petrópolis é o ‘esquecimento’ das promessas das autoridades ‘holofotes’

O risco agora de Petrópolis é o ‘esquecimento’ das promessas das autoridades ‘holofotes’

Por Cláudio Magnavita*

Em uma tragédia como a de Petrópolis, não faltam atos de heroísmo. A mídia e, principalmente, as redes sociais, deixam valente os nossos homens públicos e políticos. Prefeitura, Estado e Governo Federal se mobilizaram para o socorro às vitimas e a ajuda humanitária.

O noticiário nacional foi tomado por uma cobertura instantânea. É uma onda ou uma verdadeira tsunami de solidariedade. Ninguém quis ficar de fora da geração de fatos e da cobertura extraordinária da imprensa. Aplausos para aqueles que, efetivamente, fizeram a diferença em um momento de dor, luto e desespero. O cenário de guerra apavorou o mundo.

A grande questão é o “dia seguinte”. O período que segue após o desinteresse da mídia. Quando um assunto é substituído por outro, os repórteres levam suas câmaras e máquinas fotográficas para outros cantos. A história nos trazem lições lastimáveis destes dias seguintes. Promessas são esquecidas, verbas são travadas por entraves burocráticos, os aluguéis sociais não saem do papel. Foi assim nas tragédias anteriores na Região Serrana. Este vazio da mídia deu espaço para a corrupção, mal uso das verbas emergenciais e de soluções esquecidas, que servem de base para novas tragédias.

Desta vez será diferente. O Correio da Manhã tem em Petrópolis a sua televisão, a TVC, há 20 anos enraizada na cidade. O jornal instala na cidade o seu parque gráfico e terá um jornal local. Petrópolis tem agora uma mídia de expressão nacional, que cuidará para que os governantes cumpram suas promessas e que as soluções saiam do papel e sejam colocadas em prática.

O petropolitano possui ferramentas de comunicação que estão muito além do seu limite geográfico. A hora agora é de união para reconstruir a cidade e bater duro naqueles heróis dos holofotes. Vamos cobrar dos Senhores Bolsonaro, Castro, Bomtempo, e de dezenas de outros, tudo que foi prometido.

*Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã