O sanguessuga do Bolsonarismo no Rio

O sanguessuga do Bolsonarismo no Rio

A canalhice tem nome e endereço. É vizinho de Eduardo Cunha e mora em uma bela mansão, a poucos metros do ex-deputado. Sorrateiro, ardiloso, traidor e canalha são adjetivos que ilustram o comportamento do senhor Gutemberg Fonseca, uma das figuras mais “espertas” da política fluminense. Ele sempre surfou na onda do oportunismo, seja com o presidente Jair Bolsonaro, do qual se diz inventor, ou do senador Flávio Bolsonaro, sobre o qual diz exercer uma “enorme” influência. Todos reconhecem que este sanguessuga de amizades é um colecionador de inimigos e tem um subtexto de ameaças. Cada um mede o outro com a sua própria régua.

Gutemberg fez de tudo para voltar ao seio do governo que lhe tem repulsa. Semanas antes, dizia que figuras importantes seriam presas. Ao gravitar no bolsonarismo, do qual nunca foi representante, não conseguiu ser aceito. Este ex-árbitro, de passagem controversa na Fifa, ex-comentarista de futebol, pois não teve o seu contrato renovado pela emissora, elevou ao grau máximo a sua esquizofrenia de poder ao voltar ao estado e apostar que os outros tem telhado de vidro como os seus, inclusive o da bela casa de Angra, terminada na época da gestão Crivella. Inventou Witzel como camelô do Bolsonarismo, vendendo um laço que nunca existiu. Depois, processou Crivella na pessoa física e transformou a Secretaria de Esportes no seu feudo eleitoral. Porém, agora, ele passou do limite.

Usou agentes públicos para coletar informações sobre o diretor do Correio da Manhã. Nada encontrou. Não há uma única denúncia sobre atitudes ilícitas na passagem pela vida pública, como a que chove na horta de projetos do senhor Fonseca. A única coisa que conseguiu foi expor telefones, nomes e endereços de familiares, o que é perigoso para quem faz jornalismo investigativo. Lamentável que haja um único Bolsonaro que empreste o seu peso a este senhor, que é rechaçado por Carlos, Eduardo e pelo próprio Presidente, que odeia corrupção e corruptos. Ao expor familiares, que nada tem a ver com os embates políticos e investigativos, o senhor Gutemberg Fonseca chegou ao ápice de uma canalhice que precisa ser detida. Que ele explique os seus malfeitos agora ao Ministério Público e à Justiça. E que explique o porquê, na maçonaria, já é chamado de ‘primo’, por trair irmãos e expor os dados de um ex-grão-mestre.