Lula não quer clube de tiro, mas adora seguranças armados
Por Cláudio Magnavita*
O presidente Jair Bolsonaro pode ter vários defeitos, mas a incoerência não faz parte deste cardápio. Já o ex-presidente Lula, cada vez mais adere ao “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço.”
Cada vez mais é visível os sinais de sua senilidade. Resolve criticar o presidente da Ucrânia e o da Rússia simultaneamente. Acusa Volodymyr Zelensky de ter entrado na guerra porque quis e critica os parlamentos do mundo que aplaudem o ucraniano.
No terreno doméstico, afirma que irá fechar todos os clubes de tiro no país e, uma semana depois, circula com seguranças armados até o dente, com fuzil, no enfrentamento de adolescentes. As fotos mostram os seguranças lulistas andando em posição de saque. Situação extrema para um cenário composto por mulheres e adolescentes.
Só ele, Lula, pode ter seguranças armados. Os clubes de tiro são práticas esportivas, Aliás, o tiro ao alvo é esporte olímpico.
São cenários como estes que o estão fazendo despencar nas enquetes eleitorais. No Rio, Bolsonaro já passa à frente e o mesmo ocorre em São Paulo. Com o atual presidente, não temos lobo em pele de raposa. Já sabemos a sua forma de ser e que não há um caríssimo charuto ou rodadas regadas por Chateau Petrus, o preferido de Lula e do seu círculo próximo de poder.
Com o PT no poder, os bancos nunca ganharam tanto e nunca o Governo financiou novas fortunas, como a JBS, sem falar dos empreiteiros de estimação. A diferença de Lula e Dilma sempre esteve na honestidade do caráter e da falta de ambição financeira da ex-presidente, ou presidenta, que não se beneficiava com a corrupção. Em alguns pontos, Dilma até lembra Bolsonaro. Curta, grossa e honesta. A diferença é que Dilma queria ser o Posto Ipiranga, e não tinha a humildade de delegar. Já Lula é o bom malandro, doido para voltar a bordo do Aerolula, ser cortejado pelos milionários que ele ajudou a ficar bilionários e, agora, sem o freio moral da Dona Marisa, a única que o trazia para a realidade. Bolsonaro pode ser grosso, mas é honesto e coerente. Não é lobo em pele de cordeiro.
*Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã