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Transparência restabelecida

Em 118 anos, o Correio da Manhã tem uma história de independência e jornalismo de verdade. É uma marca que exige veneração para quem cuida dela hoje. Depois de termos sido o único veículo da imprensa do Rio a repercutir as denúncias do blog do jornalista Ruben Berta, e de termos defendido em editorial e manchete a criação de um força tarefa para analisar previamente os contratos realizados sob o manto do coronavírus, aplaudimos a decisão do Governo do Estado de enviar todos os contratos da Secretaria da Saúde para análise do TCE, Alerj e Ministério Público. Não é nada de excepcional, a transparência é uma obrigação na gestão da coisa pública. Também merece registro a decisão do governador Wilson Witzel de abrir sindicância para apurar o sumiço dos contratos do site dos Estado, após as denúncias da imprensa.

O papel de um veículo centenário, o Correio da Manhã, é não se dobrar ao peso de contratos publicitários ou outras intimidações que silenciam parte da mídia. O nosso compromisso é com a sociedade, com nossos leitores.

Neste caso da Saúde há muito o que se apurar. No caso dos respiradores, não se discute a marca ou o preço, mais o vendedor, uma empresa de informática com capital social de 20 mil reais, ou seja , quase 10% de casa máquina vendida. No caso dos hospitais de campanha são 400 milhões de dólares a uma Organização Social discutível ou à concessão de dois hospitais em um processo a queima roupa. Ao ficar ao lado da transparência, cabe ao governo explicar . Vamos esperar a análise dos órgãos de controle e vamos torcer para que a CPI, que a Alerj deverá instalar, coloque a lupa em possíveis malfeitos. Honrando a nossa história estaremos ainda mais vigilantes

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