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A CNC implode o caixa da nova Embratur

Entidade jogou fora a grande oportunidade de acabar com uma polêmica sobre quem representa o turismo na esfera confederativa

Por: Claudio Magnavita*

A Confederação Nacional do Comercio-CNC jogou fora segunda-feira, 27, a grande oportunidade de acabar com uma polêmica sobre quem representa o turismo na esfera confederativa. Ela utilizou a sua força e dos seus braços regionais, as Fecomércio, para aprovar o destaque proposto pelo PCdoB, para retirar o artigo que destinava parte da arrecadação do SESC e do Senac para a nova Embratur, transformada em agência.

Houve um cochilo da base governista, que perdeu por apenas 10 votos, mas houve também a insensibilidade da CNC de perceber que esta contribuição permitiria estabelecer a entidade como a legitima representação do turismo. Foi um tiro no pé. A inclusão do comércio foi feita por ser a única entidade entre as co-irmãs (CNI, CNA e CNT), que não estava dando a sua contribuição para a pandemia.

O ministro Paulo Guedes tem defendido a abertura do caixa do sistema S e de suas confederações. O caso da CNC é o mais grave. A entidade esteve sob o comando secular de um só presidente. O novo comando, ao invés de renovar, cometeu os mesmos erros que anteriormente criticava. Os seus dirigentes gozam de mordomias, passagens , hotéis de luxo, são servidos por uma frota de carrões e foram comprados para uso dois imóveis milionários na valorizadíssima avenida Viera Souto.

A Fecomércio do Rio teve o seu ex-presidente preso (o de Minas também se enrolou) e atua como protagonista de uma milionária campanha de televisão e jornais. Para o turismo, porém, pode ter sido melhor cortar as suas amarras com esta bomba relógio prestes a explodir.

*Claudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã

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