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Denúncia recupera R$ 391 milhões

O papel dos veículos de comunicação, na fiscalização de atos da administração pública, em tempos de muitos corruptos e golpistas que pululam pelo Brasil, é essencial, embora sofram resistência e constantes ataques de governantes. O Correio da Manhã sente-se gratificado por ter contribuído para que os cofres do governo do Rio não fossem dilapidados em nada menos que 391 milhões de reais, usando-se, sem escrúpulos, nojentamente, verbas da saúde, para obras de sete hospitais de campanha.

Destaque-se que o escândalo veio a público por intermédio de investigação do blog de Ruben Berta. A denúncia sobre falcatruas com verbas do Estado causou a anulação, há cerca de 10 dias, de contratos considerados superfaturados na Secretaria da Saúde, como levantou o deputado Renan Ferreirinha, no Sistema Eletrônico de Informação (SEI) do governo. Antes da anulação, os sete hospitais custariam R$ 835 milhões; agora, vão ficar por R$ 444 milhões, 47% menos.

Sabe-se agora que está cancelada a previsão de uma unidade hospitalar no Parque Olímpico, que dará lugar a um hospital de campanha, com 100 leitos, em Friburgo. A informação é animadora, embora crie desconfiança na seriedade dos atos do poder público, especialmente no momento em que, alegando-se estado de calamidade pública e de emergência pela pandemia de coronavírus, as licitações e tomadas de preços ficam ainda mais fragilizadas. Este novo orçamento, 47% menor, está correto? Ou também demanda um pente-fino em seus cálculos?

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