Por: Claudio Magnativa*
Existe uma batalha assumida entre alguns setores da mídia com o Presidente Jair Bolsonaro. É uma troca de farpas e tiros dos dois lados. Ele apanha e bate. Ultimamente, a mídia também apanha. A briga é entre o CNPJ das empresas jornalísticas com o Diário Oficial e, às vezes, entre alguns analistas que se colocam a serviço da linha editorial dos seus veículos e o Presidente.
É absolutamente errado o Presidente transferir o seu ódio e a sua raiva para o CPF de jovens repórteres escalados para ficar de plantão no Alvorada ou em outros eventos. Esta tropa de jovens profissionais está na missão sagrada do trabalho. Recebem missão e não são eles que as orquestram.
Bolsonaro, na sua visão de caserna, tem que perceber que seus eventuais adversários estão aquartelados nas sedes de grupos editoriais e não os soldados, cabos, suboficiais, tenentes e, às vezes, capitães, colocados na linha de frente. Esta "tropa" é que leva ao público as informações sobre seus eventos e atos. Como são editadas, é outra história. Não deve e não pode ser tratada à base de pedido de "cala a boca".
Um presidente tem o dever de respeitar os seus cidadãos, principalmente os que estão no sol e na chuva trabalhando. Transferir a sua raiva para a pessoa física destes profissionais em campo é um erro imperdoável.
*Claudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã
