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Governador refém?

Decisão de manter o status de secretário de Edmar Santos é um soco no estômago

Por: Claudio Magnavita*

O Governador do Rio, Wilson Witzel não é o imperador do Rio e nem sócio majoritário de uma empresa de capital fechado onde ele faz o que quer. É empregado da população, foi eleito para ser chefe do executivo e formar um governo, e não uma quadrilha. Deve satisfação ao cidadão/eleitor, à Alerj, que é a casa do povo, ao Tribunal de Contas do Estado e à Justiça.

A decisão de manter o status de secretário de Edmar Santos é um soco no estômago do eleitor, do contribuinte que paga o seu salário e, principalmente, na Justiça, ao manter o foro privilegiado para fugir da decisão monocrática de um juiz de primeira estância, exatamente como fez Dilma Roussef ao tentar nomear o ex-presidente Lula como ministro para fugir da caneta de Sergio Moro.

O caso é mais grave por que é um ex-juiz federal, que pratica agora este mesmo ato, para proteger um comparsa de envolvidos na maior fraude nominal da história do Rio.

Perto do que ocorre na área de saúde do Rio e a grandeza dos números envolvidos, o ex-governador Sérgio Cabral é rebaixado à trombadinha. Cadê a oposição? Cadê o PSOL, PCdoB, PT, PDT e outras legendas? Alguém entrou na Justiça para suspender a posse de Edmar, como ocorreu com Lula?

Pior de tudo é ter um governador refém e incapaz de poder demitir um ou mais secretários envolvidos em escândalos. Assim, cada dia fica cada vez mais difícil acreditar na sua inocência.

*Claudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã

 

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