O ano perdido das universidades federais

Muitas estão usando o sistema online para salvar o período letivo

Por: Claudio Magnavita*

O Ministro da Educação Abraham Weintraub está no meio de um fogo cruzado com o STF, por conta da sua necessidade de se mostrar corajoso perante o chefe, enquanto as universidades federais estarão literalmente à deriva, com professores e funcionários recebendo para ficarem em casa e com os alunos vendo o ano letivo se evaporar.

Grande parte das universidades privadas, até as menores, adotaram o ensino à distancia como forma de salvar o período letivo. Hoje a inclusão digital está presente em todas as camadas da população.

A reitora da UFRJ, Denise Pires de Carvalho, afirmou literalmente que o primeiro semestre esta cancelado e, falando como médica, afirmou que o segundo semestre de 2020 também.

Pediu para os pró-reitores um olhar especial para os estudantes do ultimo ano e assumiu que existe na UFRJ uma tecnófobia. Quem assiste o vídeo gravado pela Reitora sente que 2021 também está ameaçado. A Reitoria pede mais proatividade de todos.

O presidente Jair Bolsonaro defende a retomada de atividade no país, já a sua rede de universidades federais cruzam os braços e desafiam a orientação presidencial. Com os salários dos dirigentes e professores pagos religiosamente, o ensino oficial atravessa a maior paralisação coletiva de toda a história. O ano de 2020 será um ano perdido e o Ministro de Educação não parece preocupado com este rombo histórico na vida acadêmica brasileira.

*Claudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã