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Sócio ou refém?

Governo Wilson Witzel prestigia o seu parceiro Lucas do Carmo Tristão

Por: Claudio Magnavita*

O Governo Wilson Witzel prestigia o seu parceiro Lucas do Carmo Tristão, ao demitir dois desafetos pessoais na Casa Civil e na Secretaria da Fazenda, nomeando prepostos do seu pupilo para as duas pastas. Dá-lhe super poderes, que poderiam até ser usados para desaparecer provas e evitar o êxito de novas investigações

Trata-se de uma pessoa investigada pelo MP Federal, que criou um conflito irreconciliável com deputados, a ponto do líder de governo na Alerj entregar o cargo por não concordar com os super poderes dados a Tristão.

A Folha de S. Paulo revela que Witzel recebeu R$ 286.000,00 em 2018 da empresa de Tristão. Ele confirmou e agora nega a sociedade.

Um contrato, intermediado por Tristão, colocou a primeira-dama Helena Witzel na operação da Polícia Federal por receber R$ 15.000,00 mensais, dobrando a sua renda familiar, por 36 meses.

É o mesmo personagem que foi nomeado para o Carf e, por ter sonegado informações, foi exonerado logo em seguida, há menos de 30 dias.

O Correio da Manhã já questionou várias vezes: qual é o mistério? Será Witzel refém ou a sociedade entre os dois instituiu laços indissolúveis?

O que é pior? Ter um governador refém ou ter um governador sócio do pivô de tantas crises? O governo é como o Titanic afundando, com sua orquestra insistindo em continuar tocando. Executam a partitura da Opera Tristão e Isolda, de Richard Wagner, enquanto todos morrem sufocados pelo coronavírus.

*Claudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã

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