Normalidade eleitoral

Para adiar a eleição de outubro, é preciso avaliar o impacto que isso pode causar

Por: Claudio Magnavita*

Para o adiamento da eleição de 3 de outubro é preciso o Tribunal Superior Eleitoral-TSE avaliar o impacto para os municípios nos quais a eleição ocorrerá em dois turnos.
Mudar para 15 de novembro e o segundo turno em dezembro não dará tempo para uma transição sadia.

Com o resultado na primeira semana de dezembro, deve ocorrer também diplomação e finalmente a posse no dia 1º de janeiro, com os festejos natalinos no meio.

Com as grandes cidades já promovendo a flexibilização e com o novo “normal”, com medidas sanitárias sendo adotadas, é possível manter o calendário eleitoral sem traumas.

As estruturas municipais estão colapsadas com as medidas de combate à covid-19, uma transição de comando deve ser feita com calma e com a harmonia, principalmente porque o novo coronavírus não estará varrido do nosso cenário.

Mexer no calendário eleitoral é menosprezar as medidas sanitárias que poderiam ser adotadas nas votações. Distanciamento nas filas , uso de máscaras e álcool gel. Além do que, até outubro, a população já estará adaptada a esta nova rotina.

A votação este ano terá um peso diferente das anteriores, com a população em alerta sobre a responsabilidade de prefeitos e vereadores.

O país tem que lutar para voltar, de forma segura, à sua normalidade. Manter o calendário eleitoral é a maior sinalização que poderemos ter.

*Claudio Magnavita é Diretor de Redação do Correio da Manhã