Risco para o agronegócio

O Brasil está participando de um projeto de comércio exterior, que pode abalar o setor

Em meio ao noticiário da pandemia de coronavírus e do que rende o debate de provocações no cenário político, numa polarização ilimitada que prejudica o país, o Brasil está participando de um projeto de comércio exterior, que pode abalar o agronegócio, o principal setor da economia brasileira. Caminha-se para um desastre maior do que as previsões já indicam, como a queda do 8% PIB, produto interno bruto, ou tudo o que o país produz em bens e serviços.

Bobagens ideológicas à parte, o governo brasileiro precisa considerar que os chineses são os maiores parceiros comerciais do país em todo o mundo. Só em relação ao agronegócio, a China comprou US$ 11,85 bilhões (R$ 58,84 bi) em produtos brasileiros no primeiro quadrimestre de 2020, segundo dados do Ministério da Agricultura.

Não à toa, o vice-presidente Hamilton Mourão, a equipe econômica e do Ministério da Agricultura tentam evitar bolas divididas com os chineses. Na contramão da sensatez, a chamada ala ideológica do governo Bolsonaro, querem adotar a política de enfrentamento com a China, adotada por Trump e aceita pelo Japão. Na realidade, EUA e o Japão, por exemplo, não querem - mesmo que venha a se melhor para o Brasil - que a chinesa Huawei forneça equipamentos para redes de 5G dos brasileiros. É só um exemplo dos sérios problemas que o assunto envolve. O setor do agronegócio é o mais preocupado, como destacado exportador de soja.