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Hora de pensar no futuro do Rio

Candidatos duelam, enquanto a cidade fica em segundo plano

Por: Claudio Magnavita*

O adiantamento da eleição municipal só aumentará ao eleitor a exposição de uma tática adotada por alguns candidatos de capitais, especialmente do Rio, ou seja, a desconstrução dos adversários.

O prefeito Marcelo Crivella tem usado as ferramentas digitais para diariamente torpedear o ex-prefeito Eduardo Paes. Na televisão do seu grupo, o noticiário repete o mesmo mantra da Globo, só que com um foco diferente. A emissora do Jardim Botânico fala mal do Crivella e a Record fala mal do Eduardo. Às vezes, Paes dá um troco nas redes sociais e atira no prefeito.

Será que os dois lados não percebem que o eleitor está saturado de noticias ruins? Será que não percebem que os dois estão ajudando a enterrar a imagem do Rio, que pretendem governar?

Crivella fez coisas boas, da mesma forma que Paes também. Com a pandemia, o povo esta cansado de notícias ruins. Basta o noticiário sobre a covid-19, a corrupção no Governo Estadual na área da saúde, e o apavoramento das mortes diárias.

O pior vírus é o que mata a esperança. Queremos otimismo, ver um horizonte melhor. Queremos candidatos que tragam uma agenda positiva de retomada. Que apresente soluções, projetos e um desenho possível para os próximos 4 anos. Não podemos ser um bang bang à italiana, no qual no final todos morrem, bandidos e mocinhos.

O eleitor precisa ser motivado. Senhores candidatos, chegou a hora de parar de atirar uns nos outros. Vamos pensar na cidade e no futuro do Rio. O Rio precisa voltar a sorrir e o nosso povo não vai aguentar esta ladainha destrutiva até novembro.

Está na hora de um pacto para ajudar o Rio a decolar e deixar que o eleitor escolha a melhor proposta.

*Claudio Magnavita é Diretor de Redação do Correio da Manhã

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