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Fuzilamento é pouco

O maior legado que o poder Legislativo poderia deixar no pós-pandemia é transformar em hediondo os crimes praticados na saúde 

Por: Claudio Magnavita*

É inacreditável que não tenha ocorrido até agora nenhuma proposta do Poder Legislativo para considerar crime hediondo a corrupção que tenha a saúde como foco.

A lei não pode retroceder, mas consegue aumentar a penalidade para algo que seria impensável: um gestor público roubar em plena pandemia desafia qualquer bom senso e princípio ético.

O festival de escândalos que pipocaram em todo o Brasil demonstra que o vírus da corrupção é epidêmico também, e carrega uma carga de falta de pudor que revira as entranhas.

Como roubar e ganhar dinheiro com a morte de milhares de inocentes? Como um corrupto que compra respiradores super faturados ou contrata tendas milionárias?

O maior legado que poderemos ter neste período é transformar em hediondo os crimes praticados, usando a saúde.

Se a lei restringisse, e se fosse considerado os crimes praticados na pandemia como crimes de guerra, deveríamos submeter estes monstros a um pelotão de fuzilamento.

Não se deve ter piedade e nem compaixão com bandidos que utilizaram o pavor mundial pela covid-19 para roubar sem nenhum pudor.

São monstros, são escórias, que não se pode chamar de seres humanos. Quem perdeu um parente afogado no seco, por falta de respirador, sabe a gravidade dos crimes que foram cometidos. Fuzilamento é pouco.

*Claudio Magnavita é Diretor de Redação do Correio da Manhã

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