O dinheiro não chega ao empresário que realmente precisa e gera empregos
Por Claudio Magnavita*
Todo o empenho do Governo Federal para socorrer o pequeno e médio empresário está sendo represado pelos grandes bancos privados. Bradesco, Itaú e Santander transformaram o repasse da ajuda a pequena e média empresa (lastreados por fundos garantidores e sem risco para as instituições financeiras) em um negócio no qual exigem análise de risco, pontuação de reciprocidade e só distribuem para os CNPJs que já operam na sua carteira de crédito.
Na prática, o dinheiro não chega ao empresário que precisa e que gera empregos.
São milhares de empresários desesperados. A maioria já queimou o capital de giro e não se trata de uma operação de crédito: é uma operação de socorro para salvar empresas e empregos.
A atitude dos bancos privados merece ser investigada pelo parlamento e pelas autoridades econômicas de forma emergencial. Já se registram casos de operações beneficiando clientes que estão usando a ajuda para quitar operações com a própria instituição e até para comprar carros de luxo.
Na rede pública, de forma especial a Caixa, os gerentes oferecem casadinhas com a venda de seguros e outros serviços. O Banco do Brasil não é diferente. O sistema financeiro brasileiro é extorsivo e lhe falta responsabilidade social.
É lamentável que Santander, Bradesco e Itaú tenham transformado uma ajuda governamental em um negócio que envolve milhares de empresa no vale da morte.
Algumas entidades nacionais estão se mobilizando e a artilharia em direção aos bancos virá pesada.
*Claudio Magnavita é Diretor de Redação do Correio da Manhã