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O assassinato em massa de empresários

O presidente Bolsonaro precisa fazer algo para salvar os pequenos e médios negócios do país

Por Claudio Magnavita*

Nesta semana, um empresário do ramo de bares e restaurantes, desesperado com dívidas e trucidado por processos trabalhistas, não aguentou e deu na ponte um ponto final à sua vida.

Este é um setor que, para faturar, precisa de gente, de cliente, de super lotação, de alegria, de convívio, de bom papo e felicidade. É a cara do Rio, de São Paulo e de várias cidades brasileiras. No Rio, os empresários já viviam em crise, afetados pela falta de segurança, e, com a pandemia, a situação ficou crítica.

Por que o dinheiro da ajuda não está chegando na ponta? Por os programas de auxílio não se materializam?

Não estamos matando apenas empresas no setor de bares e restaurantes. Em diversos outros também. Estamos matando empregos.

Os bancos emprestam, mesmo sem risco, só para quem eles querem. Geralmente, liberam para quem não precisa e faz parte da carreira de clientes preferenciais.

O grande paradoxo está chegando agora. É a chuva de ações trabalhistas e de bloqueios judiciais. Imagina um empresário conseguir o empréstimo e os valores serem bloqueados.

É impossível pensar em um processo de reconstrução empresarial, sem uma conversa imediata na Justiça do Trabalho. As novas leis trabalhistas não são aplicadas e boa parte dos juízes legislam.

Quantos empresários precisam tirar sua vida em ato de profundo desespero, para que comece haver uma fiscalização na distribuição dos mecanismos de ajuda.

Agora é hora de fazer um pacto pela vida das empresas e, obrigatoriamente, a Justiça do Trabalho deve ser incluída.

O presidente Jair Bolsonaro não pode permitir o sacrifício em massa de pequenas e médias empresas. Está na hora de punir com rigor os oportunistas do sistema financeiro.

*Claudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã

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