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Escrava dos bancos

Dia sim, dia não, outro também, tem um dirigente do oligopólio formado pelos bancos brasileiros a dar conselhos para que o Brasil se desenvolva, saia da crise, enfrente seus seculares problemas, como a desigualdade que joga a maioria da população na fome e na miséria. Nada mais cínico. Se quisessem contribuir com o país, bastaria anunciar que o sistema financeiro vai reduzir seus juros escorchantes, que tiram o sangue dos brasileiros há décadas, como aval dos governos, inclusive o atual, da "nova política". Sim, houve algum tempo de regulação, como no governo Fernando Henrique Cardoso-Itamar Franco, mas depois, especialmente no tempo do Partido dos Trabalhadores, praticamente nada foi feito para segurar uma sangria nos juros escandalosos, que têm liderança mundial.

O sistema financeiro brasileiro é vergonhoso. Como bem escreve Carlos Thadeu de Freitas Gomes - economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e ex-diretor do Banco Central (1986-1988) - no Poder 360, os bancos comerciais foram beneficiados pelo afrouxamento dos compulsórios depositados no Banco Central, com o objetivo de ampliar o volume de crédito às empresas e famílias durante a crise. "Mas as pequenas empresas são abandonadas no mercado de crédito, uma vez que delas são exigidas condições ‘incumpríveis’ como contrapartidas para receberem empréstimos", afirmou. A mídia pouco trata do tema. Já a população é escrava dos bancos. Resta perguntar quem governa o Brasil?

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