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O papel histórico da Alerj e o apelo do TJ

por Cláudio Magnavita*

O papel histórico da Assembleia Legislativa do Rio cresce com embates judiciais na tentativa de sobrevivência do Wilson Witzel. É a Alerj o fórum legítimo para decidir o destino do Governador. A casa do povo, de representantes eleitos e que tem o poder final para afastar um governador eleito por 4 milhões de votos.

O atalho judicial que afastou por 180 dias o Governador do Rio merece recursos e deverá ter a influência do STF. Este é um campo sem fim. Na Alerj é tiro e queda. Com o impeachment ele é carta fora do baralho. A decisão da Alerj será definitiva.

A tentativa de desmoralização da casa e até da busca/apreensão no Gabinete do seu presidente por motivos tênues, que não justificaria uma medida extrema com incheis de um dos poderes.

O cenário de incerteza proporcionado pelos embates do judiciário na semana em que se discute a renovação da recuperação fiscal do Rio fez surgir um novo personagem. O presidente do Tribunal de Justiça do Rio, Cláudio de Mello Tavares realizou um apelo público ao presidente Jair Bolsonaro, pedindo a renovação. Ele está legitimado. Além de chefiar um dos poderes é o quarto da linha sucessória. Foi um alerta muito importante. A tsunami está chegando e se o Witzel reassume nesta quarta, dia 02, será necessário avais como este.

Esta primeira semana com Cláudio Castro no poder foi surpreendente. Coisas simples foram feitas e medidas de austeridade foram adotadas. Uma mudança da água para o vinho.

Depois do desgaste midiático e das revelações, um retorno do Governador, deixaria o Rio em um limbo administrativo. Cabe a Alerj o seu papel histórico e esta legislatura está sabendo conduzir, com segurança institucional, a cada passo que está sendo dado.

 

*Claudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã  

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