Uma nova chance para o Rio

Por Claudio Magnavita*

Em menos de uma semana, o clima de conciliação tomou conta do Palácio Guanabara; o de cordialidade com o Governo Federal; o de relação fraterna com a Prefeitura do Rio; e o respeito a todos. O governador foi oficialmente afastado e sucedido pelo seu vice. É um novo estilo. O sentimento é de civilidade com todos, sem soberba, reabrindo o diálogo. Nos últimos anos, o Rio só perdeu. Agora, é hora de recuperar.

A convocação tem que ser de união e estabelecer uma agenda positiva.

Confirmado o afastamento pelo STJ e aberto o processo de impeachment, o primeiro passo dos ocupantes do primeiro escalão deveria ser a apresentação de uma carta de demissão coletiva, possibilitando ao novo governador montar a sua própria equipe. Aqueles que forem convidados a ficar, passam a ter a sua indicação como a de um novo governo. É preciso varrer o entulho de corrupção, de arrogância e de saqueadores do estado.

Esta correção de rota permite uma reaproximação fundamental com o Governo Federal. Incluiu elementos de boa vontade na renovação da recuperação fiscal, reabre o diálogo com o Legislativo e possibilita que o estado saia da beira do precipício.

Além da demissão coletiva do secretariado, subsecretários e presidentes de órgãos públicos, é necessário que o novo governador renuncie aos seus vínculos partidários. Ele não pode estar atrelado a uma legenda que virou sinônimo de corrupção. Bolsonaro está sem partido até hoje. Por que ele não poder fazer o mesmo?

O compromisso deste jovem religioso e chefe de família é histórico. O Rio precisava respirar aliviado. Chega de baixo astral e da utilização da máquina pública para ambições pessoais ou fazer fortunas.

Todos devemos acreditar na força que o Rio sempre teve de renascer das cinzas. Um estado que foi feito com tanto carinho por Deus, merece uma nova chance. Chegou a hora de voltarmos a sorrir!

*Claudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã