Por Cláudio Magnavita
O casamento do uso político da imprensa e vazamento seletivo de processos de investigações envolvendo os ministério públicos estaduais e federal levou alguns veículos de imprensa a produzir nesta segunda, 28 de setembro, uma notícia que foi rechaçada pelo MP do Rio.
Veja a íntegra da nota oficial do Ministério Público do Rio de Janeiro:
“Em relação à matéria “Ministério Público denuncia Flávio Bolsonaro e Queiroz por 'rachadinha' na Alerj”, publicada pelo jornal O Globo nesta segunda-feira (28/09), o MPRJ, por meio da Subprocuradoria-Geral de Justiça de Assuntos Criminais e de Direitos Humanos (SUBCRIM/MPRJ), esclarece que, até o momento, não há denúncia ajuizada contra o atual senador Flávio Bolsonaro nas investigações referentes a movimentações financeiras em seu gabinete no período em que era deputado estadual. A Instituição lamenta e repudia a divulgação de notícias relacionadas a investigações sigilosas, sem qualquer embasamento ou informação oficial por parte do MPRJ, o que causa prejuízo à tramitação do procedimento e desinformação junto ao público.”
É inaceitável que veículos de grande credibilidade jornalística, no desejo de materializar noticiário negativo contra alguns do seus alvos, não estabeleçam limites contra a publicação de notícias sem a devida apuração, mesmo que isso cause prejuízo direto as pessoas atingidas. O Correio da Manhã repudia este tipo de atitude e solicita que os jornais continuem sendo uma referência que afeta que ajude o leitor a identificar as fake news e não estimular notícias que são desmentidas, como a que ocorre agora com a nota do MP citando nominalmente O Globo .
