Por:

Uma cizânia que nunca existiu

Por Cláudio Magnavita*

A manipulação da verdade atingiu pontos perigosos em plena sexta feira 13, quando frases ditas pelo comandante do Exército, general Edson Pujol, foram extraídas em uma palestra e na resposta a um dos organizadores, o ex-Ministro da Defesa Raul Jungmann disse que  “as Forças Armadas, como instituições permanentes de Estado, permanecem totalmente voltadas para suas missões profissionais e inteiramente dentro daquilo que determina a Constituição".

O comandante apenas reafirmou o óbvio: “O Ministério da Defesa, as Forças Armadas, o nosso assunto é militar. As questões políticas, eventualmente o ministro da Defesa participa do lado político do Governo, mas não nos metemos em áreas que não nos dizem respeito.”

Quem leu alguns jornais impressos no dia 14 de novembro, teve a sensação que vivíamos uma grave crise institucional, como o comandante do Exército confrontando o Presidente Jair Bolsonaro, um cenário que parte da mídia tenta construir. Nunca houve uma declaração formal ou nota oficial do Comandante do Exército contra o Bolsonaro. Por ironia, a frase pinçada da palestra foi resposta a um ex-ministro de um governo que politizou a Defesa, pasta seguidamente entregue a políticos com DNA de esquerda. A tentativa de parte da mídia criar esta cizânia entre as Forças Armadas com Bolsonaro ganhou um novo capítulo. Faltou sim uma nota, a do General Pujol esclarecendo o ocorrido.

*Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.