Em janeiro, deputados já davam como certa a candidatura de Lula

Por Claudio Magnavita*

Como antecipou a coluna Magnavita do Correio da Manhã, no dia 22 de janeiro: “O neobaiano Luís Inácio Lula da Silva pode ser libertado para a disputa em 2022, e, se morder a isca da candidatura presidencial, criará uma polarização automática entre esquerda e direita, com o Centrão pulando no colo de Bolsonaro”.

A coluna relatava um almoço de parlamentares baianos em Brasília e afirmava, no fim de janeiro: “Lula, que agora tem domicílio eleitoral na Bahia, deverá optar por concorrer ao Senado pelo estado, reforçando a capitania hereditária do PT”. O Correio afirmava ainda: “Neste caso, Lula, candidato ao Senado, sonha em ter o quase clone Guilherme Boulos como candidato, o que abriria um espaço para uma terceira via presidencial oriunda do centro”.

No dia 8 de março, a candidatura de Lula passou a ser realidade com a decisão histórica do Ministro Edson Fachin. É um presente para o Planalto, com a polarização esperada entre Esquerda x Direita. O presidente Bolsonaro não poderia ter recebido uma notícia melhor.

Pela idade, é a última chance de Lula voltar à Presidência. A missão de polarizar com Bolsonaro pode naufragar a sua candidatura ao Senado. Os sinais de medo já começaram: o fantasma da volta do PT já derrubou a bolsa.

*Claudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã