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A importância do Centrão em 2022

Por Claudio Magnavita*

A polarização na eleição de 2022 vai vaporizar candidatos presidenciais que tentavam surgir como uma nova opção para o eleitor. O ringue eleitoral terá Lula de um lado e Bolsonaro de outro. O fiel da balança será o Centrão flutuante, que tenderá para quem já está no poder.

Nesta equação, fica aberta a vaga para um vice-presidente que traga o Centrão junto. Para Hamilton Mourão, o caminho é o Senado ou concorrer ao Governo do Rio de Janeiro ou do Rio Grande do Sul. Naufragam também as pretensões do ministro Tarcísio Freitas. Não haverá espaço para uma chapa puro-sangue.

O lavajatismo, que foi um dos combustíveis da eleição de 2018, deixa de existir. Ao revirar as entranhas do juiz Sérgio Moro, ele também naufraga nas ambições eleitorais. Menos um obstáculo para o atual ocupante do Planalto.

Curioso é assistir os comentaristas e analistas políticos dos veículos de oposição fazendo contorcionismo para justificar os abusos cometidos pelo queridinho Moro. Parte da mídia foi conivente, ou até pior. Algus iam levar – e não buscar – informações ao MP,
De uma hora para outra, ser do PT virou ativo e ficar ao lado de Bolsonaro também. A eleição de 2022 terá regras que já vivenciamos. O horário gratuito volta a ser importante. Não será uma campanha de internet. A escolha do partido de Bolsonaro passa a ser vital e o Centrão conhece esse jogo.

*Claudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã

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