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A diferença de furar e honrar a fila

Por Cláudio Magnavita*

A inclusão das forças do segurança do Rio na vacinação prioritária não é um capricho do governador Cláudio Castro. Ele segue uma conduta internacional que considera este setor, ao lado da saúde, um dos pilares da sociedade.

Quem está na linha de frente, em um trabalho que muitas vezes custa a vida, não pode ser jogado para segundo plano. É um erro atribuir a determinação como um “fura-filas” do Palácio Guanabara em detrimento de uma parcela da população.

Agentes da Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Penal, Bombeiros, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e guardas municipais não trabalham em home-office. São funções de enfrentamento ou de contato direto com o público.

Encerrando a vacinação das faixa etária mais vulnerável, incluir esses agentes no calendário de imunização é o mínimo que a sociedade pode retribuir aos que colocam suas vidas a serviço da população. Na sexta, 2 de abril, o estado recebeu um lote de 800 mil vacinas. Quem distribuiu? Quem fez as caixas chegarem aos 92 municípios? As forças de segurança.

A decisão do MP-RJ e da Defensoria Pública de entrar contra a medida partiu de grupos, preocupados com o cronograma de vacinação dos idosos. Mas não representam o pensamento total das duas instituições. A reação do Sindepol foi perfeita. Cabe agora à Justiça decidir, e rezamos para que o bom senso prevaleça. Não é furar a fila. Neste caso é honrá-la.

*Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã

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