Prioridade e consciência

Prioridade e consciência

Por Cláudio Magnavita*

Em decisão tomada ontem (9), o presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), desembargador Henrique Figueira, suspendeu a liminar que retirava os profissionais da Segurança e da Educação da lista prioritária para a vacinação contra a covid-19. A medida anterior, tomada pelo juiz Wladimir Hungria, da 5ª Vara da Fazenda Pública do TJ-RJ, foi um verdadeiro ato de insensibilidade e falta de empatia com nossos trabalhadores. Segundo ele, havia risco de um desabastecimento, caso os grupos fossem mantidos como prioritários.

Atuando em dois dos setores mais importantes para o funcionamento de qualquer sociedade, é mais do que óbvio o quanto se faz necessário que esses profissionais sejam imunizados o mais rapidamente possível.

Coube ao presidente do Tribunal o posicionamento contrário. Diga-se de passagem, totalmente amparado pelos pesquisadores da Fiocruz, que por sua vez, levam em consideração um novo perfil de hospitalizados com grande incidência de casos e óbitos entre pessoas dessas categorias profissionais. O motivo seria o contato maior desses trabalhadores com a população, o que amplia o risco de contaminação pelo vírus, além da faixa etária. Mais consciente que seu colega, o presidente Henrique Figueira entendeu que vacinar esses dois grupos não significa deixar de imunizar os demais grupos prioritários que seguem o calendário de vacinação.

*Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã