A hora de um pacto pelo Rio

A hora de um pacto pelo Rio

Por Cláudio Magnavita*

A frase mais dita esta semana foi “O Rio não merece passar por isso”. Era uma referência ao embate que teria surgido entre a Assembleia Legislativa e o Governo do Estado na questão da Cedae.

A sociedade fluminense está cansada de escândalos, brigas, denúncias, acusações e o clima de antagonismo entre forças internas.

Este dia 30 de abril, como o  CORREIO DA MANHÃ antecipou há exatamente uma semana, será histórico para o nosso Rio de Janeiro.

No Tribunal de Justiça, o capitulo final do processo de impeachment de um governador, cujo nome nem vale mais a pena ser citado. Ficará no ostracismo e, se lembrado for, será por seu lado caricato. Já em São Paulo, a possibilidade de um leilão que chegará a R$ 23 bilhões, de um ativo que, pelo marco regulatório do Saneamento, deixaria de existir em 2023. São Sebastião programou para a mesma data dois marcos. Isso não ocorre por acaso. Devemos lembrar que os nossos inimigos são externos: um governo federal que promete e nada faz, vizinhos que querem um quinhão dos royalties do petróleo e uma economia colapsada pela pandemia.

O Rio precisa de um grande pacto de reconstrução. É hora de arrancar os retrovisores, de olhar para frente, de montar uma agenda de retomada, emprego e distribuição de renda. A política tem quem ser a solução e não a fonte dos problemas. Queremos um futuro melhor para o nosso estado e estamos muito cansados, exaustos de tantas brigas e confusões.

*Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã