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Gambito de Eduardo Paes

Gambito de Eduardo Paes

Por Cláudio Magnavita*

O prefeito Eduardo Paes tem governado a cidade de olho em 2022 e na sucessão presidencial. Sabe que a sucessão presidencial foi antecipada. Ele sabe que é um jogo de xadrez de alto nível, algo para especialistas como na minissérie “Gambito da Rainha”. Não é um Jogo de Damas, este sim, um jogo para principiantes.

No conforto da Gávea Pequena ele olha para o teto e vê as peças se mexendo. A terceira via é a sua aposta do momento. Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, foi a sua primeira escolha.

Cascudo na política e nas composições nacionais, sabe que seu nome pode ser pinçado nessas negociações. Se tivesse sido eleito governador em 2018, estaria no jogo sucessório com mais de força e habilitado para ser cabeça de chapa.

Com a ida para o partido de Gilberto Kassab, Paes incorpora à legenda o desejado palco do Rio.  O PSD ganha massa para negociar com os pretendentes ao Planalto. É algo que Bolsonaro já tem com a aliança com o governador Cláudio Castro.

O poder de Paes ficou ainda mais turbinado com a possibilidade de receber até R$ 3 bi da venda da Cedae entre 2021 e 2022. Seu secretário da Fazenda, o deputado Pedro Paulo, já sinalizou que não vai pagar dívidas e sim fazer obras e equilibrar o dia a dia da  Prefeitura.

Com dinheiro, com legenda forte e com experiência, ele pode ser muito mais do que um eleitor do Lula. Paes está forte no jogo.

*Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã

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