Sucessão da ACRJ tropeça e defesa dos empresários perde força

Sucessão da ACRJ tropeça e defesa dos empresários perde força  

Nunca o Rio precisou tanto da ACRJ

Por Cláudio Magnavita*

Foi publicado na terça, 11 de maio, o edital de convocação da eleição da Associação Comercial do Rio, a casa de Mauá, que ocorrerá no dia 27 de maio. Pelos estatutos, deveremos conhecer  nesta quarta, 12, os nomes que serão eleitos para o próximo biênio.

É um processo eleitoral que merece uma atenção das forças produtivas de todo o Rio. Nos últimos quatro anos, a ACRJ retomou seu protagonismo histórico. A gestão da presidente Angela Costa posicionou com altivez a entidade junto ao poder público. Sua  disponibilidade e dedicação merecem reconhecimento, com onipresença em eventos oficiais.  Os encontros empresariais em almoços, antes da pandemia, serviram para revitalizar uma entidade quase moribunda, com grave crise financeira e com alguns dirigentes perpetuados, há duas décadas na mesma cadeira.

A atual presidente deixa a sua gestão com caixa positivo, apesar dos esqueletos no armário, como uma ação trabalhista que sangrou a ACRJ em R$ 500 mil, de um funcionário que basicamente só trabalhava para  o mesmo dirigente que substituirá o longevo Humberto Mota na  presidência do Conselho Superior  da Associação.

A maior preocupação é a escolha de Benjamin Nasário, residente em São Paulo, para a presidência. Com 84 anos e o cenário de pandemia, Nasário terá condições de atuar? Ele tem o mérito de ser um bem sucedido empresário e com  ações filantrópicas para alguns membros mais necessitados. Por que não o colocaram como Presidente do Conselho Superior?

Nunca o Rio precisou tanto de uma ACRJ forte. Uma pena que escolhas equivocadas ocorram, que o processo de renovação seja postergado. Era hora de pensar em ideias e não em nomes.          

*Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã