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A pacificação do Rio

A pacificação do Rio

Por Cláudio Magnavita*

Não há dúvidas de que o Rio precisa de um período de ânimos menos acirrados, clima de pacificação na política e de um esforço coletivo para superar a crise. O desejo é a retomada econômica, geração de empregos e distribuição de renda.

Ao novo governador Cláudio Bonfim de Castro, além do papel de grande gestor, capaz de montar uma equipe que realize entregas e que reúna uma grande aliança partidária, a História reserva um papel muito apropriado à sua fleuma e postura: o de conciliador.

Um dos mais jovens governantes a ocupar o Guanabara, Castro tem formação religiosa e estrutura familiar sólida. São valores que buscamos em um governante que tem como missão juntar os cacos de várias gestões anteriores destroçadas por escândalos e corrupção.

O governador já demonstrou que sabe ser duro quando precisa. É seu já conhecido lado pitbull. Seu grande teste de fogo foi o leilão das outorgas do saneamento. Uma jovem equipe composta pelo secretário Nicola Miccione e o PGE, Bruno Dubeux, enfrentou várias adversidades judiciais e políticas. Neste papel de pacificador, o governador tem que estar vacinado para a influência da turma do conflito. Um punhado de deputados – alguns radicais e neófitos nas urnas, que acreditam mais no embate e menos no diálogo. Só essa presença no seu entorno arrepia a espinha daqueles que querem um clima de entendimento. No papel que a História lhe reserva – e é do seu próprio DNA – só deve haver espaço para a pacificação.

*Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã

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