Máfia da saúde do Rio é ligada a Wilson Lima e Helder Barbalho
Os Wilsons siameses e o Pará
Por Cláudio Magnavita*
No domingo, o bem informado jornalista Cláudio Dantas, do site “Antagonista” informou que a cúpula da CPI da Pandemia decidiu convocar o governador do Rio, Cláudio Castro para falar sobre os problemas de corrupção que o estado sofreu na gestão do seu antecessor Wilson Witzel.
A notícia merece aplausos! Será uma rara oportunidade para apurar as conexões que ligam a máfia da saúde do Rio ao governador Wilson Lima do Amazonas. Os dois Wilsons são do PSC e estão sob o comando do Pastor Everaldo Pereira, presidente Nacional do partido – ainda preso.
O Rio de Janeiro fez o seu dever de casa e nosso Wilson sofreu impeachment. O seu sucessor, o então vice Cláudio Castro, foi investigado de fio a pavio e nada relacionado à máfia da saúde foi encontrado.
Já no Amazonas, o Wilson de lá foi salvo do impeachment exatamente pelas estrelas da CPI, o senadores Omar Aziz (presidente da CPI) e Eduardo Braga, um dos mais aguerridos membros.
Braga é líder do MDB e será uma boa oportunidade para esclarecer uma conexão Rio-Belém, na questão da máfia dos respiradores, que colocou o governador do Pará, Helder Barbalho no olho do furacão. Witzel e alguns réus do escândalo no Pará chegaram a dividir o mesmo advogado. Como expoente do MDB, Renan Calheiros terá interesse de esclarecer o envolvimento de um outro governador, filho de senador e a máfia da saúde fluminense. Helder é filho de Jader Barbalho, do MDB.
*Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã