Quem mandou matar Bolsonaro? Quase 1.000 dias sem resposta
Em uma semana, 1.000 dias de uma pergunta não respondida: quem mandou matar Bolsonaro?
Por Cláudio Magnavita*
A contagem iniciada pelo Correio da Manhã, no selo de capa, que registra diariamente a quantidade de tempo sem que se apontem os mandantes da facada contra o então candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro, indica algo assustador. Faltam apenas sete dias para que se completem 1.000 dias sem que apareçam os mandantes. A pergunta que fazemos diariamente ainda está sem resposta: quem mandou matar Jair Bolsonaro? Em sete dias serão 1000 dias sem que apareça um culpado.
Ligado a Adélio Bispo de Oliveira existem fatos que pedem explicação: a sua militância partidária de esquerda, o seu registro de entrada no Congresso nacional, o escritório de advocacia que misteriosamente apareceu para explicar suas múltiplas viagens e a residência no Sul.
Ironicamente, a lâmina que atingiu Bolsonaro estava enrolada em jornal. Alguns episódios pós-facada e durante os primeiros socorros ainda não foram revelados. São relatos assustadores de quem vivenciou os bastidores e a certeza de que o então candidato escapou por intervenção divina.
A teoria do Adélio, lobo solitário, cai por terra pelo passado de militância e a filiação partidária.
A Polícia Federal, sob comando do ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, pouco fez para apurar. Muitas provas foram perdidas com o lapso temporal.
A imprensa brasileira faz um silêncio sepulcral sobre o fato. No Google, é mais fácil encontrar referências nos jornais portugueses do que nos brasileiros. Ninguém cobra, ninguém faz o alerta e mantém o assunto vivo. O selo na primeira 1a Página do Correio da Manhã assinala que já são quase mil dias sem a resposta. Quem mandou matar Jair Bolsonaro? A pergunta poderia ser ampliada: a quem interessa não descobrir quem mandou esfaquear o candidato em Juiz de Fora?
São 1.000 dias sem resposta e o Correio da Manhã continuará publicando o selo no seu lado direito. No esquerdo, perguntamos: quem mandou matar Marielle ?
Foram dois atentados contra a democracia e que não podem ficar impunes.
*Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã