Presidente da CPI e a lama do PSC

Presidente da CPI e a lama do PSC

Por Cláudio Magnavita*

A operação no Amazonas na residência do governador Wilson Lima e a prisão do secretário de Saúde Marcelo Campêlo é uma reedição do que o correu no Rio, com o xará Wilson Witzel e o secretário de Saúde, Edmar Santos. Entre eles há o DNA do PSC e o guarda-chuva do pastor Everaldo Pereira e do empresário Edson Torres.

O caso atual é ainda mais grave, pois pega de proa o presidente da CPI da Pandemia, o senador amazonense Omar Aziz, aliado de Lima e com relacionamento próximo com a deputada estadual Alessandra Campêlo, atual secretária de estado do Governo do Amazonas. Pelo sobrenome é possível identificar os laços com seu colega da Saúde. São primos. Curiosa é a omissão da mídia engajada no antibolsonarismo em destacar a relação de Omar Aziz com o governador do Amazonas.

A atuação de Everaldo e Torres no Amazonas envolve empresas de prestação de serviço, de mão de obra terceirizada e a intermediação de negócios. O setor da saúde foi o filé mignon da dupla no Governo no Rio. Não havia nenhuma reunião do governador sobre o tema sem a presença de Felipe Pereira, filho de Everaldo e assessor especial de Witzel. Tudo era monitorado.

Os dois Wilsons foram os únicos governadores eleitos pelo PSC e são os dois mais envolvidos nesses escândalos. Será coincidência ou um problema no DNA dos dois governos? Na equação, agora, está o presidente da CPI, um problemático ex-governador do Amazonas, que pelo jeito, fez escola.

*Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã