Paes, turismo é coisa séria

Paes, turismo é coisa séria

Por Cláudio Magnavita*

Em janeiro, o Correio da Manhã deu em manchete a falta de apoio ao turismo por parte da Prefeitura do Rio. Seis meses depois, publicamos a saída do secretário municipal exatamente pelas mesmas razões que foram elencadas.

A escolha de um profissional com o currículo de Cristiano Beraldo foi aplaudida. O setor o recebeu de braços abertos. Ele foi nomeado sem ter onde sentar. Sem mesa, cadeira, estrutura mínima e pessoal. Foram quase 30 dias como nômade. Tempo precioso que foi jogado fora. Quando finalmente ele entrou nas prioridades de Marcelo Calero, o secretário responsável pela gestão municipal, o resultado foi pífio. Arranjaram um sótão e uma microestrutura.

A Secretaria nasceu para ser extinta ou não progredir. Um simples arranjo partidário. Mais um que foi quebrado entre os vários acordos pré-eleitorais do Eduardo Paes.

O problema é o pensamento histórico do prefeito de que o turismo vem por osmose, que não precisa ser estimulado e nem trabalhado. Mas turismo é um assunto sério.
Há um agravante neste paradoxo: ele saiu da cadeira de secretário de Turismo do estado para se candidatar a prefeito. O turismo entra agora em um ciclo de valorização da Riotur. Daniela Maia superou a desconfiança inicial e está fazendo um bom trabalho, também dentro das limitações. Para ter sucesso, ela vai precisar de orçamento. Sem verba para promoção, não terá sucesso. Turismo no Rio é muito mais do que Carnaval e Réveillon. Precisa de promoção e não apenas de Deus e das belezas naturais.

 

*Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã