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Um covil antibolsonarista?

Um covil antibolsonarista?

Conluio entre Witzel, Aziz e Renan no ataque a Bolsonaro 

Por Cláudio Magnavita*

Não é à toa que Wilson Witzel se sentiu confortável na mesa da CPI da Pandemia, tendo ao seu lado o relator, o senador Renan Calheiros. Segundo levantamento realizado pelo site Migalhas, especializado em assuntos jurídicos, o douto relator é investigado em 10 inquéritos, sendo nove no STF, réu em processo envolvendo desvio de verba pública, juntamente com seu filho, e condenado em primeira instância por improbidade administrativa e perda de mandato.

No comando dos trabalhos e com igual cordialidade solidaria ao ex-governador, estava o senador Omar Aziz, presidente da CPI. Ele e Witzel têm muito em comum, como o fato de suas esposas serem alvos de operações do Ministério Público Federal em operações ligadas a desvios na Saúde. A deputada estadual Nejmi Aziz (PSD) não teve a mesma sorte de Helena Witzel, que ainda não esteve na cadeia. A parlamentar do Amazonas foi presa temporariamente duas vezes em 2019.

A trinca seguiu um roteiro que pareceu elaborado nos mínimos detalhes. Witzel disparou contra o presidente, a PGR, o Tribunal Misto e parlamentares de direita. Foram quatro horas de artilharia incessante. Condenado à perda do mandato e dos direitos políticos, o ex-governador finalmente encontrou um terreno fértil para os seus devaneios acusatórios. Colocou-se como vítima e teve a vexatória solidariedade de Aziz e Renan.

Os senadores de esquerda deitaram e rolaram no melodrama encenado pelos três. Demonizaram Bolsonaro e embarcaram na vitimização do depoente.

Este “pobre coitado” sujou a toga ao receber pacotes de dinheiro do pastor Everaldo e de Edson Torres (sócio do primeiro) ainda como juiz. Recebeu doações de campanha de dirigente da Organização Social que reabilitou, foi empregado do PSC – emprego repassado para a sua esposa ganhar R$ 23 mil do fundo partidário. Através de Lucas Tristão, seu assecla e articulador junto ao réu Mario Peixoto, a mulher de Witzel ganhou contratos fixos que garantiam 60% da renda familiar e a coleção de bolsas Louis Vuitton.

Infelizmente só o senador Flavio Bolsonaro fez o contraponto. Cadê os senadores Romário (o primeiro a falar de Peixoto) e Portinho (um excelente advogado) para emparedar Witzel?

A paranoia esquizofrênica do ex-governador achou na CPI um terreno fértil, nesse pré-hospício e para muitos, um quase covil pela folha corrida de alguns de seus integrantes. Nesse jogral ensaiado ela bateu em retirada, se escudando no HC do STF, quando começaria apanhar. Para atingir Bolsonaro vale tudo, até canonizar um condenado por um tribunal misto e que envergonhou a magistratura.

 

*Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã

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