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WW implode Everaldo por tabela

WW implode Everaldo por tabela   

Por Cláudio Magnavita*

Ao não medir palavras para classificar Edson Torres como “bandido” ou “marginal” na CPI da Pandemia, o ex-governador Wilson Witzel jogou fora a chave da cadeia do pastor Everaldo Pereira, agora réu, como WW, na 7ª Vara Criminal Federal do Rio. O raciocínio é claro, transparente, juridicamente translúcido: Everaldo e Torres são irmãos siameses, xifópagos. A sociedade entre os dois, inclusive nos negócios escusos, é inegável.

A aparente ruptura entre Edson Torres e Everaldo Pereira é fruto da decisão da confissão espontânea feita logo após a operação e as primeiras prisões.

Os dois são pastores da Assembleia de Deus, atuam junto em empresas de mão de obra terceirizada e vigilância – algumas com contratos ainda em vigor no Governo do Estado. Everaldo fez uma trajetória na vida partidária e conseguiu, por vias travessas, o controle do PSC. Com o partido na mão, ele decolou, e Edson Torres, como sua sombra, cresceu no mundo dos negócios. A dupla está na gênese da contratação de Witzel e na formação de um caixa para apoiar o seu sonho presidencial.

O erro foi colocar todo o foco na atuação de Mário Peixoto, que formava uma facção junto a Lucas Tristão, e esquecer dessa dupla. Até nas oitivas do tribunal misto, WW menosprezava o papel de Everaldo. Até hoje ele responde por sua renda familiar, pagando um salário parrudo a Helena Witzel pelo fundo partidário. Ao dizer que Torres é “bandido”, ele implode Everaldo por tabela.

 

*Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã

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