O grande erro de Tarcísio Freitas

O grande erro de Tarcísio Freitas

Por Cláudio Magnavita*

Ninguém discute a importância do turismo para a economia do Estado do Rio de Janeiro e especialmente para a sua capital. Ninguém discute também que o turismo internacional tem o Rio como principal cartão postal do Brasil. É também incontroverso que o Brasil é um país continental, distante dos principais mercados emissores, principalmente o norte-americano e o europeu.

A realização de dois eventos planetários com diferença de apenas dois anos, a Copa Fifa e a Olimpíada Rio 2016, dotou a cidade e o estado de uma infraestrutura invejável para o turismo: grande parque hoteleiro, vias de acesso e equipamentos de segurança e esportivos, além de estádios olímpicos.

Entre os legados da Copa e da Olímpiada está a reforma do sistema aeroportuário brasileiro. Houve um salto de qualidade nos aeroportos, atraindo investidores e sócios privados. Entre eles, o destaque é para o Galeão. Privatizado, o aeroporto virou uma das ferramentas de competitividade para desenvolver o turismo internacional. Este conjunto de fatores acaba ignorado pelo Governo Federal, pelo ministro da Infraestrutura e pela Secretaria de

Aviação Civil, subordinada à pasta. O Rio-Galeão foi atingido pela pandemia e paralisação dos voos. Ao invés de apoiar o Governo, querem implodir o pouco vigor que sobrou do Galeão em detrimento da privatização do Santos Dumont.

O ministro Tarcísio Freitas joga no lixo a retomada do turismo internacional do Rio. A história será cruel com estes personagens.

 

*Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã