Precisamos resgatar o orgulho da Rio 2016

Precisamos resgatar o orgulho da Rio 2016

Por Cláudio Magnavita*

Os Jogos Olímpicos de Tóquio reacendem um questionamento: por que nada foi feito para preservar a memória de um momento espetacular para o Rio, quando estivemos no centro das atenções planetária? Foi um período durante o qual o entusiasmo e autoestima do carioca e do brasileiro estiveram em alta. Foram geradas imagens impressionantes, com a cidade emoldurando de forma ímpar diversas disputas, a memorável energia do público. Tudo isso parece distante e quase uma ficção. As futuras gerações não terão o registro desses momentos.

Sobraram apenas os aspectos negativos. O afastamento e banimento de Carlos Arthur Nuzman, que presidiu a organização, dívidas insolúveis e questionamentos sobre as obras realizadas. Esses problemas prevaleceram, porém os Jogos de Tóquio reacendem a esperança de que possamos resgatar os aspectos positivos e históricos daqueles dias.

Deveríamos criar, em um dos espaços públicos, ou a em uma das arenas remanescentes, um Memorial Olímpico Rio 2016, algo nos moldes do Museu da Seleção que a CBF tem na Barra. Não falta material e o acervo é impressionante. O que foi publicado e transmitido no planeta, em todas as línguas, sobre o Rio é extraordinário.

Esse espaço poderia ser, por exemplo, no Lagoon (é do Estado), uma área dedicada ao esporte e que foi palco de competições. Este é um resgate que precisa ser feito e a Prefeitura, sob o comando de um dos protagonistas da Rio 2016, tem legitimidade para executar.

 

*Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã