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Inteligência analisa cenário de eleição sem Bolsonaro e Lula

Inteligência analisa cenário de eleição sem Bolsonaro e Lula

Eleições e o setor de Inteligência 

Por Cláudio Magnavita*

A Comunidade de Inteligência tem trabalhado a todo vapor nesses dias. Em uma reunião realizada às 11 horas de quarta, 4/8, foi traçado um cenário inusitado. O verdadeiro motivo dos passos que foram dados nos últimos dias pelo Judiciário, teria um alvo muito além do presidente Jair Bolsonaro. O objetivo é implodir a candidatura do ex-presidente Lula, e para que isso ocorresse sem comoção popular, primeiro seria abatida a candidatura do atual presidente. Bolsonaro funcionaria como um boi de piranha.

O entendimento da comunidade de inteligência é que o presidente não seria vitorioso em um embate com Lula. Punido pela justiça, abriria de forma célere a punição de seu adversário pelo Judiciário. Estaria aí aberta a chance da terceira via, e a que mais agradaria os militares, é a do vice Hamilton Mourão.

Bolsonaro estaria renunciando, não a la Jango, que abriu mão do mandato, mas a renúncia da candidatura à reeleição. Vale lembrar que, na campanha de 2018, Jair Bolsonaro já descartava a reeleição. Quem convive com o presidente reconhece o seu esgotamento diante dos problemas que enfrenta e a incapacidade de Paulo Guedes de compreender que os avanços na economia precisam chegar ao povo. A visão de Guedes é a visão de uma elite financeira e do capital. Na lista guediana não entram o preço da carne, do frango, da gasolina e nem o desemprego. É a riqueza de quem vive em bolha. O que Bolsonaro não aceita é passar o governo para Lula. Tensionar o Judiciário e ir para o sacrifício, levando Lula junto, é um preço que toparia pagar. Sem Bolsonaro e depois sem Lula, a eleição de 2022 desenharia um país que teria nas Forças Armadas a guardiã da tranquilidade.

 

*Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã

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