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A morte de Tarcísio Meira é um alerta

A morte de Tarcísio Meira é um alerta

A morte de Tarcísio aponta a necessidade de reforçar as doses de vacina em idosos

Por Cláudio Magnavita*

A morte de Tarcísio Meira não foi em vão. Sua popularidade como um dos maiores ícones da teledramaturgia serve como alerta para os cuidados redobrados que devem ser adotados no combate à pandemia. Cuidados que estavam sendo relaxados  e que precisam ser retomados em caráter emergencial.

Com 85 anos, o ator já havia recebido as duas doses da vacina. Pela idade, os primeiros vacinados receberam a Coronavac. A vacina do Butantan  foi usada pelos primeiros grupos de idosos. Sua eficácia,  ao longo dos meses e com o surgimento de novas cepas do vírus, como a variante Delta, diminui – e muito – a proteção da faixa etária acima de 75 anos. A morte de Tarcísio Meira foi um soco de realidade para quem pensava que a vacina resolveria tudo e que estávamos próximos da volta da normalidade.

Diariamente perdemos mais de mil Tarcísios. São mil brasileiros que morrem do vírus e o inconsciente coletivo já parece  aceitar esta cota de sacrifícios de anônimos. É um número absurdo. Equivale à queda diária de três Airbus A330, igual ao voo 447 da Air France.

Os governos e autoridades da saúde precisam pautar o reforço dos idosos com uma terceira dose, como já começa a ser realizado na Europa e nos Estados Unidos.  É preciso também adotar medidas preventivas para esse público que está perdendo a imunidade. O novo normal não pode aceitar que o vírus leve 1.000 brasileiros diariamente. Ele é letal e,  ao vitimar  um  nome que está bem perto de todos,  nos faz acender todos os  sinais de alerta.      

*Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã*

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