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A retomada das viagens

A retomada das viagens

Retomada do turismo avança e preços já começam a decolar perigosamente 

Por Cláudio Magnavita*

Enquanto demonizam o 7 de setembro, este feriado será a primeira lufada de bonança no setor de turismo. O sentimento de retomada supera qualquer pessimismo relacionado à influência da variante Delta. As reservas hoteleiras e das empresas aéreas demonstram a existência de uma demanda reprimida.

O ciclo de viagens foi abruptamente interrompido há mais de um ano. Reencontros familiares foram adiados, e o virtual não substitui o valor de um abraço. Só a língua portuguesa possui uma palavra  precisa para o sentimento que aflora: a saudade. Saudade de reencontrar os seus, de ver um pôr-do-sol em um lugar diferente, de buscar o exótico e conhecer novos povos. Hoje sentimos a importância do turismo, especialmente o de lazer. Toda a literatura sobre o turismo terá de ser refeita após a pandemia.

Viajar passou a ser o objeto de desejo muito mais forte do que imaginávamos. Virou item de máxima prioridade após a imunização.

Os destinos, especialmente o Rio, devem se preparar para uma  temporada surpreendente. O nosso réveillon e o carnaval serão momentos importantes para gerar o fluxo financeiro. É fundamental haver um comedimento da política tarifária para não matar este ressurgimento. Já se sente uma alta nas tarifas aéreas, enquanto os hotéis  estão bem mais cautelosos. Será um momento de entrega de pacotes vendidos na pandemia. Enfim, devemos festejar a volta dos turistas e hóspedes sem matar a galinha dos ovos de ouro.

*Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã

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