Quem cala, consente

Por Barros Miranda

Como diz o velho dito popular: “Quem avisa, amigo é”. Há meses, o Correio da Manhã vem alertando que o poder público não poder fazer sozinho o papel de combater a covid-19. A população também precisa ajudar. Porém, o que este feriado está mostrando é justamente o oposto.

O “novo normal” ainda não chegou, pois muitos não tomaram a segunda dose da vacina ou, pasmem, nem mesmo a primeira, e estão se divertindo por aí, nos bares da Lapa e Olegário Maciel.

Por mais que a Prefeitura esteja atuando, coibindo festas clandestinas e fechando estabelecimentos, ainda falta mais poder efetivo da Guarda Municipal e da Seop em combater esse tipo de crime contra a humanidade.

Este feriado apenas mostrou como o Rio ainda não está preparado para receber um contingente, pois não há fiscalização suficiente para coibir as aglomerações nos principais pontos de bares e botequins: Lapa, Barra e Copacabana.

Como o próprio prefeito disse dias atrás: “O Rio é o epicentro da variante Delta no país”. Contudo, parece que a mensagem entrou pelo ouvido direito e saiu pelo esquerdo de muitos cariocas, já que as ruas foram invadidas e as praias ficaram cheias de barracas.

Ou o povo começa a acordar – e o poder público também, ou ficaremos mais uma vez sem carnaval e réveillon em 2022, já que são nas aglomerações que mais se propagam vírus e doenças.