Parque da Tijuca é patrimônio do Rio

Parque da Tijuca é patrimônio do Rio

Não há razão do Governo Federal possuir um enclave no meio da capital do estado do Rio e ter soberania sobre um território pertencente à cidade e ao estado. O Correio da Manha, na edição que comemora os dois anos do seu retorno, ocorrido em 13 de setembro de 2019, lança um movimento para estadualizar o Parque da Tijuca, que passaria a ser gerido pelo Inea, acabando com os abusos dos gestores do ICMBio. O parque é nosso!    

Por Cláudio Magnavita* 

O Padre Omar resolveu não falar para a imprensa e embarcou no domingo, 12, para Roma. Na bagagem, levou dezenas de casos de violência do Instituto Chico Mendes (ICMBio) contra a Igreja Católica e, principalmente, contra um dos principais ícones do turismo religioso do Brasil e até mundial, o Cristo Redentor. O Correio da Manhã vem denunciando as ingerências arbitrárias dos gestores do Parque Nacional da Tijuca.

O que precisa mudar é a gestão do parque. Há muito que a área deveria ter sido estadualizada e sua gestão passar para o Inea, órgão estadual que cuida dos 11 parques estaduais. Não há sentido em o Governo Federal ter um enclave dentro da capital do estado, com autonomia muito superior ao Estado ou Município. Esses burocratas travestidos de ditadores do meio ambiente são capazes de barrar o reitor do próprio Santuário, de desligar as escadas rolantes, de vetar o acesso da empresa que faz a iluminação artística e, o mais grave, encarecer o acesso dos turistas, já que a maior parte do valor dos ingressos é entregue ao ICMBio, sem retorno para o Rio. O governador Cláudio Castro, que é ligado à Igreja Católica, e o senador Flavio Bolsonaro deveriam, juntos, pedir ao presidente da República a transferência imediata do Parque da Tijuca para o Estado, o que pode ser feito com uma simples canetada.

Não há melhor forma comemorar os 90 anos do Cristo Redentor do que despejando definitivamente essa trupe de encrenqueiros que inferniza a vida do Santuário e de um dos ícones do turismo mundial.

 

*Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã