Ataque criminoso contra Guedes e Campos pode refletir no mercado

Ataque criminoso contra Guedes e Campos pode refletir no mercado 

Guedes é vítima de denúncia fantasma 

Por Cláudio Magnavita*

A mídia de oposição passou do limite na campanha da mídia de oposição contra o Governo do Presidente Jair Bolsonaro e aos seus integrantes. Neste domingo, 03, a notícia que correu como rastilho de pólvora foi a investigação dos Pandora Papers, que reúne mais de 600 profissionais em 117 países e territórios. 150 veículos participam do trabalho.

Integram o projeto no Brasil a revista Piauí, os sites Poder360 e Metrópoles e a Agência Pública. O alvo foi a “descoberta” que o Ministro Paulo Guedes fundou a Dreadnoughts International, segundo a revista Piauí “uma offshore nas Ilhas Virgens Britânicas, um paraíso fiscal no Caribe. Nos meses seguintes, Guedes aportou na conta da offshore, aberta numa agência do banco Crédit Suisse, em Nova York, a quantia de 9,55 milhões de dólares, o equivalente a 23 milhões de reais na época (no câmbio atual, o valor hoje corresponde a 51 milhões de reais).”

Sensacionalismo que tenta atingir também o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, com duas offshores. Todos estes investimentos estão registrados na receita federal e os valores foram enviados legalmente.

Alguém desconhecia que Paulo Guedes era dono de uma fortuna estimada em US$ 150 milhões de dólares? Ele fez seu patrimônio de forma legal. O que ele tem no exterior é menos de 10% do seu patrimônio. Ter um hedge mínimo em dólar é hábito de qualquer pessoa rica. No caso de Campos Neto, além de declaradas as empresas que possuíam um capital de US$ 1 milhão, totalmente compatível com o seu rendimentos no setor privado, foram fechadas. Estas denúncias sem fundamento criam uma instabilidade no mercado e favorecem a especulação. É um ato criminoso contra a estabilidade econômica.

O curioso é que a revista Piauí tem como editor fundador João Moreira Salles, da família dona do Itaú-Unibanco. Ele próprio ou seus familiares, ou ainda sócios e dirigentes do Itaú, não possuem offshores no exterior?

Lamentável que o sensacionalismo de oposição faça uma condenação midiática de dois pilares da nosso economia: o próprio ministro e o presidente do Banco Central, que não cometeram nenhum dolo neste caso. É uma ação de especulação que deve ser investigada pela Policia Federal.

Para atingir a imagem do governo está valendo tudo, até arquivar alguns princípios básicos do bom jornalismo. É a mesma imprensa que fechou os olhos para os negócios do ex-ministro Antonio Palocci, que foi cúmplice de negociatas que habitaram o Ministério da Fazenda. Que fez silêncio sobre a caixa preta do BNDES e os negócios da JBS da família Batista, da Odebrecht ou aqui no Rio, da Refit. Na última edição do jornal que faz oposição sistemática ao Governo Bolsonaro, os principais anunciantes eram exatamente estas empresas beneficiadas por este silêncio. Quem ganha com estas denúncias fantasmas contra Guedes?

 

*Cláudio Magnavita é o diretor de redação do Correio da Manhã