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Como fazer sumir R$ 48 milhões sob os olhares de nove governadores omissos

Como fazer sumir R$ 48 milhões sob os olhares de nove governadores omissos

Por Cláudio Magnavita*

Os nove governadores: Renan Calheiros Filho (Alagoas), Rui Costa (Bahia), Camilo Santana (Ceará), Flávio Dino (Maranhão), João Azevedo Lins Filho (Paraíba), Paulo Câmara (Pernambuco), Wellington Dias (Piauí), Fatima Bezerra (Rio Grande do Norte) e Belivaldo Chagas Silva (Sergipe) estão sendo omissos em deixar que os personagens envolvidos no escândalo dos respiradores fantasmas continuem à frente do Consórcio, e por agirem como se tivessem sido vítimas de um golpe. Estão todos errados. Foram omissos. Confiaram no presidente da ente multiestadual, o governador Rui Costa, e não exerceram um controle mínimo sobre a parcela que liberaram. Costa, por sua vez, delegou a compra para o seu Chefe da Casa Civil, Bruno Dauster, um ex-diretor da OAS, que junto com o executivo do Consórcio Nordeste, Carlos Gabas, e com a participação de Edinho Silva, criaram um mecanismo para negócios duvidosos.

A sorte do contribuinte foi o naufrágio da primeira rodada. Ela foi feita para dar certo. O ganho seria na compra superfaturada, e usando amigos e intermediários de alcova. O naufrágio acendeu o alerta e a reação do governador da Bahia, para salvar a sua reputação, foi criar uma situação de indignação controlada, com a prisão, por apenas cinco dias, dos envolvidos e o bloqueio, de uma pequena parte, do valor repassado a queima roupa, como mostra a coluna Magnavita na edição de hoje do Correio da Manhã.

A situação saiu de controle e hoje esta no STJ, no inquérito 1426/DF. Querem vilanizar a empresa fornecedora, que foi atraída por uma negociata promíscua, que inclui dois ex-ministros do PT e um ex-diretor da OAS. Se desse certo, o lucro seria de R$ 20 milhões. Outro negócio, de R$ 90 milhões, estava em curso. Os governadores estavam cegos por terem se unido contra Bolsonaro e deixaram o cofre aberto, sem fiscalização.

O Consórcio era o contraponto ao Governo Federal e deixaram que, em plena pandemia, fossem usados para contratar uma empresa que trabalhava com produtos da cannabis, e não tinha respiradores para vender.

*Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã

 

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