Polícia prende suspeitos de planejar invasão em Flamengo x Grêmio

Por Leo Burlá (Uol/Folhapress)

Em operação realizada nesta terça-feira (22), a Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu suspeitos de planejarem uma invasão ao Maracanã, que seria realizada nesta quarta (23), antes da partida entre Flamengo e Grêmio, válida pela semifinal da Copa Libertadores.

A assessoria de imprensa do órgão não confirmou o número de detenções. A informação foi inicialmente divulgada pela TV Globo e confirmada pelo UOL Esporte.

A ação em curso espera cumprir 27 mandados de prisão e 89 intimações do Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos. O plano é que os alvos não se aproximem do estádio nesta quarta.

As investigações tiveram por base o monitoramento de redes sociais e detectaram indícios de falsificação de ingressos e planos de roubos a torcedores.

Durante a operação, duas pessoas foram baleadas no Jacarezinho, zona norte do Rio de Janeiro. Integra a lista de feridos uma pessoa que estava dentro de um ônibus durante a troca de tiros.

Em reunião realizada na última sexta-feira (18), foram costuradas algumas ações de mobilidade e logística no dia do jogo pela competição continental. Nesse encontro, foram apontadas as necessidades de cada órgão envolvido e ficou definido que será usado o alerta máximo em relação à segurança.

"O encontro foi altamente positivo. Os objetivos são claros: realizar um evento com qualidade grande, que as pessoas possam ir e voltar com segurança, e que a cidade do Rio saia fortalecida com um evento dessa natureza sendo realizado sem nenhum tipo de problema", disse Marcelo Vianna, diretor de competições da Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro).

"As reuniões sempre acontecem. Claro que, em um evento dessa grandeza, um segundo jogo e decisivo de uma semifinal de Libertadores, tudo será aplicado com uma amplitude maior. O efetivo será posto em grau máximo de dispositivo de segurança", completou.

Em 2017, a final da Copa Sul-Americana entre Flamengo e Independiente (ARG), também no Maracanã, ficou marcada por uma grande confusão nos arredores do estádio.

De acordo com Vianna, diretor da Ferj, os problemas ocorridos há dois anos serviram de lição para que as autoridades tomassem providências com relação à segurança dos jogos no Maracanã, como a ação realizada nesta terça-feira.

"O que aconteceu foi um jogo fora da curva. Desde então, pegamos o que aprendemos com aquele jogo e estamos colocando em prática. Estamos atentos, e o setor de inteligência já está analisando o que pode acontecer ou o que é apenas fake news para poder saber onde atacar", declarou.