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Obras no Pacaembu começam, com o fim do Tobagã

A reforma do estádio municipal Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu (SP), começou oficialmente nesta terça (29) com a demolição do tobogã, setor dos ingressos mais baratos, para dar lugar a um edifício de nove andares, cinco deles acima do solo e outros quatro, abaixo.

Um dos andares funcionará como passarela que ligará as ruas Desembargador Paulo Passaláqua e Itápolis, com livre circulação de pedestres, buscando cumprir o propósito de integrar mais o complexo ao bairro. Outros andares receberão lojas, espaços de coworking, restaurantes, escritórios e espaços para eventos.

A responsável pela obra é a Concessionária Allegra Pacaembu, que assumiu a gestão do equipamento municipal por 35 anos em janeiro de 2020 e que prevê investir até R$ 400 milhões até o fim de 2023.

O consórcio venceu a concorrência pelo Pacaembu em fevereiro de 2019, quando ofereceu outorga fixa de R$ 115 milhões -o valor mínimo era de R$ 37 milhões, ou seja, houve ágio de 208%.

"A concessão traz mais uma desoneração para a Prefeitura de São Paulo. Só uma cidade que consegue dar segurança jurídica para os empreendedores pode crescer", afirmou o prefeito Ricardo Nunes (MDB) na cerimônia de início das obras.

No evento, Eduardo Barella, presidente da Allegra, defendeu que o prédio que tomará lugar do tobogã fará conectividade maior entre o campo e as demais estruturas, retomando a ideia da antiga concha acústica, construção anterior ao setor da arquibancada.

Um grupo de moradores reivindica na Justiça a manutenção da estrutura criada nos anos 1970, mas a prefeitura da capital já autorizou a demolição do espaço.

A nova gestão dará destaque aos eSports, com a criação de uma arena de Battle Royale, quando mais de cem jogadores poderão competir simultaneamente. O equipamento também sediará feira de artes e de design.

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