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Reino Unido ratifica saída da União Europeia

Por Guilherme Cosenza

Enfim sós. Após três anos da aprovação do Brexit, plebiscito que dava ao Reino Unido a oportunidade de deixar a União Europeia, foi oficializado na última sexta-feira (31) a saída do país de vez.

O fato dividiu opiniões e trouxe uma ação emblemática por conta dos órgãos do bloco continental. Em Bruxelas, horas antes da oficialização da saída, o Parlamento e o Conselho Europeu retiraram as bandeiras do país de suas sedes. O fato foi filmado e um silêncio sepulcral.

Por outro lado, os britânicos lotaram as ruas e comemoram o que para eles é uma vitória. O primeiro-ministro Boris Johnson afirmou que o Brexit não é um fim, mas sim um começo e um momento de “renovação e mudança social”.

O líder do governo falou por uma hora justificando a decisão:

- Este é o início de uma nova era na qual não aceitamos mais que as chances de sua vida e da sua família, dependam de que parte do país você cresceu. 

Johnson continuou o pronunciamento afirmando que a ideia é usar os “novos poderes” em função de oferecer as mudanças pelas quais as pessoas votaram. Porém, mesmo com a saída polêmica o primeiro ministro não quer perder o bom relacionamento com os demais países da União:

- Queremos que este seja o começo de uma nova era de cooperação amigável entre a UE e um Reino Unido energético, um Reino Unido que seja simultaneamente um grande poder europeu e verdadeiramente global em nosso alcance e nossas ambições.

Com a divisão os dois lados terão pela frente 11 meses de transição para acertar detalhes e fazer negociações importantes como a circulação de cidadãos europeus e britânicos entre Reino Unido e União Europeia, o que inclui as regras de habilitação e passaportes de animais, permissões de residência e trabalho para europeus no Reino Unido e britânicos na União Europeia, comércio entre os lados, tarifas de importação, livre circulação de mercadorias, licenciamento e regulamentação de medicamentos, circulação de alimentos, questões como segurança, compartilhamento de dados, entre outros pontos.

Contudo o mais forte dentre os pontos é, sem sombra de dúvida, o imbroglio comercial resultante do Brexit: a UE respondeu por 49% das negociações do Reino Unido no ano passado.

Caso o prazo se esgote sem solução, o Reino Unido terá que responder aos termos previstos pela Organização Mundial de Comércio (OMC), o que levará os britânicos a pagar tarifas que não pagavam nas operações comerciais outrora realizadas com os países que formam a Comunidade Econômica Europeia. A saída do Reino Unido mexeu nos demais países e após o Brexit, a Escócia fez uma pesquisa que resultou em 52% de aprovação para a saída da UE.

 

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