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Guerra da Ucrânia deixa ao menos 9 mortos em 14 ataques contra unidades de saúde, diz OMS

Bombardeios e explosões na guerra na Ucrânia atingiram ao menos 14 hospitais e outros equipamentos de saúde no país, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta segunda (7). Os ataques deixaram ao menos nove mortos, dos quais sete eram profissionais de saúde, e 16 feridos, informou a entidade.

Ao todo, 16 ataques foram reportados, mas a OMS não conseguiu confirmar dois deles, que teriam ocorrido já no primeiro dia da invasão russa, em 24 de fevereiro. Segundo o relatório divulgado pelo sistema de vigilância da OMS, os demais episódios ocorreram até a última quinta-feira (3).

A entidade categorizou a maior parte dos ataques como fruto de "violência com artilharia pesada", o que inclui ações que envolvem tanques, mísseis, bombas e morteiros. Outras ofensivas, na classificação da OMS, envolveram armas individuais, como facas, tijolos, granadas e artefatos explosivos improvisados.

Não foram divulgadas informações sobre os locais exatos dos hospitais e equipamentos atingidos nem sobre os responsáveis pelos ataques. No domingo (6), o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, havia dito em uma publicação no Twitter que a organização estava investigando uma série de ataques contra a infraestrutura de saúde da Ucrânia, com "múltiplas mortes e lesões".

"Ataques a instalações ou a profissionais de saúde rompem a neutralidade médica e são violações do direito internacional humanitário", afirmou Tedros. Além do dano a unidades e equipamentos de saúde, a Ucrânia já sofreu prejuízos bilionários desde o início da guerra. O ministro da Infraestrutura Oleksander Kubrabov divulgou nesta segunda um balanço que estima os estragos em US$ 10 bilhões (R$ 50,9 bi).

Segundo ele, a maior parte das estruturas prejudicadas deve ser reparada em até um ano, mas alguns danos podem demandar o dobro de tempo. As perdas humanas entre civis da Ucrânia também continuam crescendo.

O relatório mais recente da Organização das Nações Unidas (ONU) contabiliza pelo menos 406 civis mortos, entre os quais estão 27 crianças. O número de óbitos, no entanto, pode ser ainda maior, visto que o levantamento inclui apenas as mortes que a ONU conseguiu confirmar oficialmente.

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