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Judeus da Rússia reagem a chanceler e pedem que guerra não toque em feridas do Holocausto

A Federação das Comunidades Judaicas da Rússia reagiu nesta quarta-feira (4) aos recentes comentários do chanceler russo, Serguei Lavrov, que alegaram que Adolf Hitler "tinha sangue judeu". As falas tentavam justificar a alegação russa de que a Ucrânia está permeada de nazismo e criaram rusgas públicas com o governo de Israel.

O grupo russo, segundo a agência de notícias Tass, pediu que nenhum dos lados da guerra evoque questões ligadas a nacionalidades. "Marcadores de nacionalidade são uma questão explosiva e podem escalar o conflito", disse.

A federação pede ainda que não sejam feitas menções à história da Segunda Guerra Mundial, "que deve ser tratada com a devida relevância, pois os eventos ainda estão reverberando e continuam uma ferida aberta".

Não foram feitas críticas nominais a Lavrov. "Mesmo que não tenha a intenção de ferir ninguém, esses comentários podem se tornar o catalisador mais poderoso para mais danos", diz outro trecho.

Na terça (3), no entanto, o rabino-chefe russo, Berel Lazar, foi mais enfático. "Não me considero no direito de dar conselhos ao chefe da diplomacia russa, mas seria bom se ele pedisse desculpas aos judeus e admitisse que estava enganado", escreveu Lazar à Jewish Telegraphic Agency. "Acho que então seria possível considerar o incidente resolvido e virar a página."

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