Por: Caue Fonseca
O Ministério das Relações Exteriores confirmou nesta segunda-feira (6) que recebeu um contato da embaixada do Brasil em Kiev, na Ucrânia, sobre André Hack Bahi, 43. O brasileiro, que se voluntariou para lutar na guerra no Leste Europeu, teve a morte citada nas redes sociais por um colega –ainda não há confirmação oficial.
Se confirmada, a morte será a primeira de um brasileiro no conflito, que na semana passada completou cem dias. Por meio de sua assessoria, o Itamaraty declarou que deverá se pronunciar nas próximas horas sobre o caso.
A morte de Bahi foi citada nas redes sociais de André Kirvaitis, outro brasileiro em combate no país. Ele publicou um vídeo em que fala dos três meses que os dois passaram juntos e agradece ao colega por ter salvado sua vida em Irpin, cidade próxima a Kiev.
"Mais um soldado anônimo que, como outros, deu a vida em combate pela liberdade e pela paz. Eu não vou deixar seu nome ser esquecido. Obrigado por tudo, irmão. Você está na verdadeira vida agora. A terra é só uma breve passagem perto da eternidade. Você cumpriu sua missão com honra", escreveu Kirvaitis.
A irmã de Bahi, Tatiane Hack Bahi, informou no Facebook que a família ainda não teve confirmação oficial da morte. "[Temos] apenas notícias e publicações [nas redes sociais. Nós, familiares e amigos, estamos em busca da verdade. Vamos lutar por isso", escreveu, depois dizendo que ama e está esperando pelo irmão.
Bahi é natural de Porto Alegre e foi criado em Eldorado do Sul, onde reside a maior parte dos seus familiares. Ele tem sete filhos, a mais nova de três anos. Graduado em enfermagem, Bahi serviu ao Exército e recentemente havia se mudado para Fortaleza.
O gaúcho também havia morado em Lisboa e atuado na Legião Estrangeira da França.
Sua última postagem no Facebook foi um distintivo da Legião Internacional de Defesa da Ucrânia, pela qual combatia, em 24 de maio.
